O peixe-boi-marinho (Trichechus manatus manatus) é um mamífero
aquático, da Ordem Sirenia, da Família Trichechidae, que possui um
grande corpo arredondado, com aspecto semelhante ao das morsas, podendo
medir até quatro metros de comprimento e pesar 800 quilogramas, podendo
viver até 60 anos.
Esta espécie alimenta-se de algas, aguapés, capins aquáticos entre
outras plantas e podem consumir até 10% de seu peso em plantas por dia.
Além dos predadores naturais (tubarões e orcas), as colisões com barcos
ou com hélices e o assoreamento dos estuários, onde as fêmeas dão à luz
aos filhotes, são motivos para a ameaça de extinção do
peixe-boi-marinho. Por causa destas ameaças e o pequeno número de
indivíduos soltos na Natureza, o Ministério do Meio Ambiente considera
esta espécie como criticamente ameaçada (CR), pois sofre risco
extremamente alto de extinção num futuro próximo.
Sendo um animal extremamente dócil, o peixe-boi-marinho é facilmente
capturado. Os pescadores utilizavam-se de arpões para abater o
peixe-boi. Tudo era aproveitado do animal, a carne era utilizada na
alimentação; a pele, na fabricação de cintos, sapatos e carteiras e os
ossos para peças de artesanato.
Com a iminência da extinção dos peixe-bois, o governo brasileiro proibiu sua caça, desde 1967 (Lei nº 5.197/1967, Lei Sobre a Proteção à Fauna) e criou, em 1980, o Projeto Peixe-Boi, desenvolvido pelo Centro Nacional de Pesquisa, Conservação e Manejo de Mamíferos Aquáticos (CMA),
com sede na Ilha de Itamaracá, Pernambuco. O projeto dedica-se à
pesquisa, resgate, recuperação e devolução à Natureza do peixe-boi, bem
como a fornecer informação e realizar parceria com comunidades
riberinhas e costeiras. O projeto está aberto à visitação, onde podem
ser vistos inúmeros peixes-boi, inclusive a Chica, um peixe-boi fêmea
que viveu durante anos num aquário público em uma praça do Recife, e o
Poque, um raro caso de híbrido entre o peixe-boi marinho e o amazônico.
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