Judocas brasileiras, que tinham o bronze de
Salvador-2012, foram derrotadas na final pelo Japão, por 3 a 2, no
Maracanãzinho, no Rio de Janeiro
Depois de conquistar cinco medalhas, incluindo um ouro inédito,
na disputa individual do Mundial de Judô, no Rio de Janeiro, as judocas
do Brasil conseguiram mais um feito neste domingo ao levar a medalha de
prata na disputa por equipes. Na decisão no Maracanãzinho, a Seleção
Brasileira feminina encarou o Japão e acabou derrotada por 3 a 2. Até
este domingo, as mulheres tinham apenas o bronze de Salvador-2012.
Na
primeira luta, Erika Miranda (até 52kg) enfrentou Yuki Hashimoto. E a
brasileira acabou imobilizada e perdeu por ippon. Rafaela Silva (até
57kg) manteve sua invencibilidade no Mundial deste ano e empatou o
confronto ao vencer Anzu Yamamoto com um yuko.
Na categoria até
63kg, Katherine Campos teve pela frente Kana Abe. E novamente uma judoca
brasileira foi superada com um ippon por imobilização. Maria Portela
(até 70kg), então, teve a incumbência de manter o Brasil vivo na
disputa. E obteve sucesso ao derrotar Haruka Tachimoto por duas
punições.
Foi a vez de Maria Suelen Altheman (acima de 70kg)
entrar no tatame para tentar levar a Seleção à medalha de ouro. Ela
enfrentou Megumi Tachimoto e acabou derrotada por apenas uma punição,
numa luta amarrada.
Mais cedo, a equipe feminina enfrentou a
Alemanha nas oitavas de final. Erika derrotou Mareen Kraeh com um
wazari. Logo depois, Rafaela Silva teve dificuldade para vencer Miryam
Roper, mas conseguiu com um yuko. Por decisão tática da comissão
técnica, Ketleyn Quadros lutou na categoria até 63kg. E acabou superada
por Martyna Trajdos com ippon por imobilização.
Maria Portela
encarou Laura Vargas Koch. E conseguiu o ippon faltando 3m15s para o
término da luta. Com a classificação garantida, Maria Suelen Altheman
entrou no tatame apenas para completar tabela. Mesmo assim obteve a
vitória sobre Jasmin Kuelbs com um yuko no início da luta.
Nas
quartas de final, a Seleção encarou a França. Dessa vez, Eleudis
Valentim lutou na categoria até 52kg. E venceu Lucile Duport com um
wazari. Rafaela Silva foi a segunda a entrar no tatame e manteve sua
invencibilidade no Mundial. Ela enfrentou Helene Receveaux e, embora
tenha recebido três punições, não teve a menor dificuldade para derrotar
a adversária com um ippon por imobilização.
A França, então,
reagiu. Mariana Silva (até 63kg), escolhida para competir na disputa por
equipes, levou um ippon de Clarisse Agbegnenou. E Maria Portela acabou
perdendo para Gevrise Emane por três punições. Ao contrário do confronto
contra a Alemanha, dessa vez Maria Suelen teve de lutar para
classificar o Brasil. E conseguiu ao obter um wazari.
Na
semifinal, o Brasil enfrentou a Coreia do Sul. Erika enfrentou Da Sol
Park. E estava vencendo a luta por uma punição quando a sul-coreana
obteve um yuko no último segundo. Rafaela manteve seu bom desempenho no
Mundial e derrotou Jan-Di Kim com um wazari. Mariana Silva foi novamente
superada, dessa vez por Da-Woon Joung, também por wazari.
Portela
encarou Seongyeon Kim. Quando as duas judocas estavam com uma punição
cada, o Maracanãzinho sofreu uma queda de luz. Com apenas a iluminação
dos refletores centrais, placares eletrônicos e placas de publicidade, a
luta não foi paralisada. E acabou indo para o golden score. Com 36
segundos, a coreana foi punida e a brasileira ficou com a vitória.
Por
conta da pouca luz, Mayra Aguiar (acima de 70kg) teve uma espera
angustiante de cerca de 10 minutos para entrar no tatame e enfrentar
Jung Eun Lee. Quando a iluminação voltou por completo, a brasileira
conseguiu forçar duas punições para a adversária. Mesmo sofrendo uma
penalidade logo depois, Mayra venceu e garantiu o Brasil na final.
De acordo com a organização do Mundial, o motivo da falta de luz foi uma falha no gerador do Maracanãzinho.