segunda-feira, 3 de abril de 2017

Poema "Malandro" por Krystal Gonçalves

Malandro


Segundo o malandro, sou pobre 
e tenho que aceitar esse fato
Será que tenho mesmo que aceitar 
os dedos que apontam o que eu faço?
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Nasci na periferia
Minha favela querida

Na minha visão, vejo um povo humilde que habitam em um lugar de muros grafitados
Mas, segundo tua visão, na minha favela só há prostitutas e drogados

Meu pai sempre me disse:

"Te quero na escola
Sendo bom aluno, sendo orgulho
Tirando nota 10 em tudo."

Oh, meu pai, fiz o que pude
Dei o meu melhor, não me confunde

Você é o que escolhe ser
Posso ser:

Arquiteto, engenheiro, médico 
e até bombeiro
Não se preocupe, não vou deixar de sonhar
 porque me aponta esse seu dedo

Entenda malandro, minha favela nunca vai ser o que você diz que ela é
E creio que os meus sonhos serão realizados, pois, carrego comigo um bocado de fé

E os teus dedos que me apontam, um dia irão me aplaudir

Malandro, respeita os meus sonhos

Respeita a minha favela!


De minha autoria:
Krystal Gonçalves 8B

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