Malandro
Segundo o malandro, sou pobre
e tenho que aceitar esse fato
Será que tenho mesmo que aceitar
os dedos que apontam o que eu faço?
Nasci na periferia
Minha favela querida
Na minha visão, vejo um povo humilde que habitam em um lugar de muros grafitados
Mas, segundo tua visão, na minha favela só há prostitutas e drogados
Meu pai sempre me disse:
"Te quero na escola
Sendo bom aluno, sendo orgulho
Tirando nota 10 em tudo."
Oh, meu pai, fiz o que pude
Dei o meu melhor, não me confunde
Você é o que escolhe ser
Posso ser:
Arquiteto, engenheiro, médico
e até bombeiro
e até bombeiro
Não se preocupe, não vou deixar de sonhar
porque me aponta esse seu dedo
porque me aponta esse seu dedo
Entenda malandro, minha favela nunca vai ser o que você diz que ela é
E creio que os meus sonhos serão realizados, pois, carrego comigo um bocado de fé
E os teus dedos que me apontam, um dia irão me aplaudir
Malandro, respeita os meus sonhos
Respeita a minha favela!
Krystal Gonçalves 8B